Como participar da certificação ABR

1º Passo – Anualmente, os produtores que decidem participar da certificação passam por um treinamento. É o momento de conhecerem o protocolo e seus itens de verificação, as formas de comprovar o cumprimento de cada quesito e tirarem dúvidas sobre exigências legais. Além disso, os agricultores são orientados sobre mudanças nos critérios de avaliação do protocolo ABR caso necessário. Cabe ao corpo técnico das associações estaduais de cotonicultores, ligadas à Abrapa, aplicarem o treinamento em seus estados. Essa etapa do trabalho é realizada in loco, nas fazendas, ao longo do ano e conforme a necessidade de cada estado.

2º Passo – Devidamente treinados, os agricultores estão prontos para responder ao check list do protocolo. Se, nesse diagnóstico, houver pontos que precisam ser ajustados, o produtor precisa fazer um plano de correção. Dessa forma, a fazenda será avaliada a partir das metas definidas nesse plano.

3º Passo – Anualmente, as propriedades rurais recebem a visita de uma equipe de auditores ligados às certificadoras de terceira parte (ou seja, independentes e sem ligações com Abrapa ou com os agricultores). É o momento de fiscalizar as informações prestadas e conferir se as práticas responsáveis exigidas pelo protocolo ABR estão sendo cumpridas. Os auditores percorrem as fazendas in loco geralmente de fevereiro a julho de cada ano para analisar documentos e informações gerenciais.

4º Passo – Se o laudo final dos auditores for positivo, a fazenda ganha a certificação ABR e se qualifica para receber o licenciamento Better Cotton. Essa etapa ocorre de julho a setembro.

Itens obrigatórios

Existem alguns itens prioritários, que devem ser atendidos em sua totalidade na certificação ABR e BCI. São eles: a proibição de trabalho infantil, de trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante na propriedade rural, além dos itens listados como Critérios Mínimos de Produção.

Melhoria contínua

Para ser certificado pelo ABR, o agricultor precisa cumprir pelo menos 85% das exigências do protocolo já na primeira safra analisada. A certificação continua se esse percentual for crescendo a cada ano. Seguindo essa lógica, o programa permite que a evolução em cada fazenda ocorra dentro das possibilidades de investimento do produtor, com foco na melhoria contínua. Os agricultores que não demonstram essa melhoria contínua não são certificados pelo protocolo ABR.

Além disso, o programa está aberto a melhorias com o passar do tempo. Isso acontece quando há mudança em alguma legislação ou quando novos itens de checagem são adicionados, visando aprimorar o protocolo.