MANEJO

MANEJO DO BICUDO

Bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis

Tem se utilizado com mais eficiência aplicações preventivas de Malathion nas bordaduras em situações de plantio em área sem cultivo anterior de algodão (sem detecção da praga no interior dos talhões), com uso de pelo menos 5-7 aplicações em área total, sendo 1-3 no B1, 2-3 nos 50-120 DAE (média) e uma na desfolha. As pulverizações para bicudo sempre será de acordo com o monitoramento (MIP – Monitoramento Integrado de Pragas) e, só deve seguir o modelo sugerido acima em uma situação de não detecção da praga, portanto, de forma preventiva. Em suma, para cada situação especifica deverá haver um manejo especifico. 

Importante 

O tempo de duração das colheitas de algodão, tomando como base a safra 2018/2019 tem variado bastante. Esse fato pode ser um problema para manejo do Bicudo-do-algodoeiro, pois na safra citada acima, a duração do algodão em campo de pelo menos quatro fazendas, desde a emergência até a colheita do último lote, somou média de 271 dias. Na prática é um fator que deverá ser levado em consideração, uma vez que é necessário dispender mais tempo ainda para eliminar as soqueiras e nessa perspectiva, a praga do bicudo teve, naquela safra, quase 300 dias de plantas de algodão para se multiplicar, sem considerar presença de tigueras antes mesmo do plantio do algodão. Na safra seguinte, os problemas com bicudo aumentaram na maioria das regiões.

Na safra 2020/2021, o tempo de duração do algodão em campo, desde a emergência até a colheita do último lote, durou no máximo 240 dias. 

SOQUEIRAS PÓS COLHEITA DO ALGODÃO 

O manejo de soqueiras normalmente é realizado através de forma mecânica (triton) + química com uso de 2,4-D. Esse modelo tem tido dificuldade em detrimento da baixa umidade no momento de realização dessa atividade, fazendo com que, algumas vezes, há pouca brotação (área foliar) e as aplicações têm baixa eficiência. Há também o uso de arrancador de soqueiras + grade + 2,4-D. Em ambos os casos há necessidade do uso de 2,4-D. Para início do plantio nessas áreas pós algodão, chamadas de “áreas de rotação”, normalmente são manejadas com 2,4-D novamente, mas também com uso de outros herbicidas como carfentrazona etílica, glifosato e outros como segue abaixo. 

PLANTIO DAS “ÁREAS DE ROTAÇÃO” 

Nas áreas de pós cultivo de algodão (áreas de rotação), a maior predominância tem sido o cultivo de Soja e Milho.

SOJA – Dessecação antes do plantio (2,4-D, glifosato, carfentrazona etílica etc.) + pré-emergentes (diclosulam, s-metolacloro etc.) e uso de aplicações em pós emergência da cultura de produtos específicos, como o fomesafem e  flumicloraque-pentílico, para controle de algodão dentro da soja; 

MILHO – Normalmente as áreas para plantio dessa cultura é feito preparo de solo, destruindo as soqueiras de forma mecânica com arrancador de soqueiras ou grade e posteriormente uso de 2,4D. Para o plantio do milho tem se utilizado herbicidas em pré-emergência, como o atrazina diminuindo assim o número de tigueras nascidas no meio da cultura e em pós, antes do fechamento das ruas, são feitos os manejos com herbicidas específicos para controle do algodão dentro do milho (normalmente atrazina e tembotriona).

Importante: Em se tratando de soja ou milho com tolerância ao glufosinato de amônia, pode ser utilizado também esse P.A. Princípio Ativo para manejo das soqueiras/tigueras de algodão dentro da soja ou milho, desde que essas plantas de algodão não sejam tolerantes a esse P.A.. 

Observação:

Com o advento das tecnologias Enlist e Xtend para manejo com os herbicidas 2,4-D sal colina e Xtendicam (em pré-plantio com glifosato Transorb R) respectivamente, os Cotonicultores terão mais essas ferramentas para os manejos de soqueiras de algodão, mas que deverão ter seus devidos cuidados e critérios de uso evitando problemas principalmente com derivas ou mesmo permanência dessas soqueiras resistentes a esses herbicidas nos lotes com plantio de culturas sensíveis, dificultando os manejos. 

TIGUERAS NAS “ÁREAS DE ROTAÇÃO”

O manejo de tigueras dentro das “áreas de rotação” com soja ou milho normalmente tem sido realizado com os produtos acima mencionado para cada situação. Em situações de haver poucas tigueras, o manejo pode ser feito de forma manual.

Destaques do INFORMATIVO TÉCNICO APIPA Nº 31 divulgado em 16/10/2023

De modo geral, tem-se verificado bom manejo do bicudo pelos produtores durante o ciclo do algodão. Porém, tem-se verificado também que após a colheita do algodão, em pelo menos parte das propriedades, há alguma demora na destruição das soqueiras. Essa demora nem sempre chega a ultrapassar o início do vazio sanitário, porém, é nessas circunstâncias que aparentemente o bicudo tem se multiplicado. Se fizermos uma conta simples, um lote colhido início de julho e feito a destruição segunda quinzena de setembro, são mais de dois meses onde o bicudo teve oportunidade de se multiplicar (mais de 3 gerações), caso esteja presente no lote.”

Essas observações são importante para que o produtor possa lidar melhor com o manejo do bicudo e que possa se preparar para manejar os restos culturais do algodão tão logo tenha iniciado a colheita. Lembrando que antes de destruir a soqueira o produtor precisa organizar simultaneamente a puxada dos rolinhos e/ou fardões para que esses não atrapalhem as operações. É um conjunto de atividades que precisam ser bem gerenciada para não atrapalhar na colheita.

Período de atualização das informações acima: 17/10/2023

Dúvidas e informações:
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